Chanceler da Alemanha pede que Parlamento vote moção de confiança em 16 de dezembro

  • 11/12/2024
(Foto: Reprodução)
Alemanha atravessa crise política após o chanceler Olaf Scholz demitir ministro das Finanças em novembro. Votação é necessária para dissolução do atual governo, que perdeu maioria no Parlamento. O chanceler alemão, Olaf Scholz, no Parlamento alemão, em 7 de novembro de 2024. Liesa Johannssen/ Reuters O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, solicitou que o Parlamento vote uma moção de confiança na próxima segunda-feira, 16 de dezembro, primeiro passo para eleições antecipadas em meio à crise política no país. O pedido oficial foi submetido por Scholz ao presidente da casa baixa do Parlamento alemão nesta quarta-feira (11). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O voto de confiança é necessário porque a constituição da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial não permite que o parlamento se dissolva. Caso Scholz perca o voto, caberá ao presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, decidir se dissolve a Câmara dos deputados, chamada de o Bundestag, que tem 736 assentos. Steinmeier terá 21 dias para tomar a decisão sobre a moção de confiança e, uma vez que o parlamento seja dissolvido, uma nova eleição deve ocorrer dentro de 60 dias. É esperado que Scholz perca o voto da moção de confiança, já que seu governo não possui mais maioria. 💭 Contexto: A Alemanha mergulhou em uma grave crise política em novembro, após Scholz demitir o ministro das Finanças por um desacordo sobre a política econômica do país. Com a demissão, o partido do chanceler perdeu maioria no Parlamento, o que compromete a capacidade de governar. (Leia mais abaixo) A Alemanha não vota uma moção de confiança desde 2005, quando o então chanceler Gerhard Schröder convocou e perdeu um, como parte de uma estratégia para antecipar eleições, que foram vencidas por uma margem estreita pela desafiante de centro-direita Angela Merkel. As pesquisas mostram que o partido de Scholz, os Social-Democratas, que ocupam 207 assentos no Bundestag, está atrás do bloco de centro-direita da União, liderado pelo opositor Friedrich Merz. O vice-chanceler Robert Habeck, cujos Verdes estão ainda mais atrás nas pesquisas, também está concorrendo ao cargo de chanceler. A Alternativa para a Alemanha, partido de extrema-direita que está com boa colocação nas pesquisas, nomeou Alice Weidel como sua candidata a chanceler, mas não tem chances de assumir o cargo, pois os outros partidos se recusam a trabalhar com ela. Crise política A Alemanha embarcou em novembro em uma grave crise política, quando Scholz demitiu seu ministro das Finanças. O político liberal foi destituído do cargo após discordâncias sobre a política econômica. O governo de Olaf Scholz é composto por uma coalizão entre social-democratas, ecologistas e liberais. Após a demissão, os outros ministros liberais do governo anunciaram renúncia, deixando o gabinete de Scholz sem maioria no Parlamento Federal. "Precisamos de um governo capaz de agir e que tenha força para tomar as decisões necessárias para o nosso país", argumentou Scholz em discurso após demitir seu ministro das Finanças, defensor de uma rigorosa austeridade orçamentária. O presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, já havia dito que poderia convocar eleições antecipadas — na Alemanha, que tem regime parlamentar, o chanceler é o chefe de governo, e o presidente tem funções protocolares.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/11/chanceler-alemanha-voto-de-confianca-16-de-dezembro.ghtml


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