Ao lado de Netanyahu, Trump diz que os EUA vão 'assumir' a Faixa de Gaza

  • 04/02/2025
(Foto: Reprodução)
Premiê de Israel é o primeiro líder estrangeiro a ser recebido em Washington durante o segundo mandato do Republicano. Trump e Netanyahu se reúnem na Casa Branca Elizabeth Frantz/Reuters O presidente Donald Trump disse nesta terça-feira (4) que os Estados Unidos assumirão o controle e serão donos da Faixa de Gaza, acrescentando que "as mesmas pessoas" (palestinos) não deveriam estar encarregadas de reconstruir e ocupar a terra. Ele afirmou que vê os EUA mantendo uma "posição de posse de longo prazo" no território. "Em vez de [os palestinos] terem que voltar e reconstruí-la, os EUA vão assumir a Faixa de Gaza, e vamos algo com ela. Vamos tomar conta", disse Trump, afirmando que seu país poderia liderar o processo de reconstrução. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Ter aquele pedaço de terra, desenvolvê-lo, criar milhares de empregos. Vai ser realmente magnífico", ele disse. Trump deu a declaração na Casa Branca, em Washington, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o primeiro líder estrangeiro a ser recebido durante o segundo mandato do Republicano. Netanyahu não comentou diretamente o plano de Trump para Gaza. Ele afirmou que os objetivos de Israel no território palestino incluem a libertação dos reféns e fazer com que não haja mais ameaças à integridade do país vindas do local. SANDRA COHEN: Trump deixa fluir instintos expansionistas ao propor limpar Gaza de palestinos e escombros A repórteres, Trump afirmou que tem planos de visitar Gaza, Israel e também a Arábia Saudita. Ele não deu nenhuma data para a viagem acontecer. Mais cedo nesta terça, Trump afirmou que a única alternativa dos palestinos que vivem na Faixa de Gaza seria deixar o território — uma ideia apoiada pela extrema direita israelense, e que constituiria limpeza étnica perante o direito internacional, segundo analistas. Trump afirmou que gostaria que a Jordânia e o Egito recebesse os palestinos deslocados do território, cuja infra-estrutura foi seriamente destruída após 15 meses de guerra entre Israel e Hamas — grupo terrorista que controla a região. "É um local em escombros. Se pudéssemos encontrar o pedaço certo de terra, ou vários pedaços de terra, e construir alguns lugares realmente bons com bastante dinheiro na região [para os palestinos], aí sim. Acho que seria muito melhor do que voltar para Gaza", disse ele a repórteres no Salão Oval. Tanto a Jordânia quanto o Egito já demonstraram repúdio pela ideia, defendendo que os palestinos tenham o direito de permanecer em suas terras. Trump não ofereceu detalhes específicos sobre como um processo de reassentamento de palestinos poderia ser implementado. Pouco depois das declarações, a Arábia Saudita publicou um comunicado afirmando que não vai estabelecer laços com Israel até que um Estado Palestino seja criado. O país também rejeitou a proposta de Trump de retirar palestinos de Gaza. Trump diz que palestinos devem sair de Gaza permanentemente Destruição de Gaza O conflito entre Israel e Hamas, interrompido em janeiro por um acordo de cessar-fogo, gerou uma crise humanitária no território e deixou mais de 40 mil mortos. Até o ano passado, os Estados Unidos afirmavam ser contra o deslocamento forçado de palestinos. O então presidente Joe Biden defendia a criação do Estado da Palestina e um acordo para convivência pacífica com Israel. As falas de Trump levantam preocupações sobre uma saída generalizada de palestinos da Faixa de Gaza, o que poderia resultar no "apagamento" do grupo na região e enfraquecer a proposta para a criação do Estado da Palestina. Trump conversou com o rei Abdullah da Jordânia neste sábado. Em entrevista a jornalistas, o presidente norte-americano afirmou que sugeriu que o monarca aceite palestinos no país, já que a Faixa de Gaza está uma "bagunça". No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, reiterou a rejeição de seu país à proposta. "Nossa rejeição ao deslocamento dos palestinos é firme e não mudará. A Jordânia é para os jordanianos e a Palestina é para os palestinos", disse o chanceler. A proposta de Trump foi elogiada pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, em um comunicado: "A ideia de ajudá-los a encontrar outros lugares para começar uma vida melhor é uma excelente ideia. Após anos de glorificação do terrorismo, (os palestinos) poderão estabelecer vidas novas e boas em outros lugares." Smotrich é um dos principais nomes da extrema direita no país, defensor da anexação total dos territórios palestinos por Israel e da criação de novos assentamentos israelenses, considerados ilegais pela ONU e pela maior parte da comunidade internacional.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/02/04/ao-lado-de-netanyahu-trump-diz-que-os-eua-vao-assumir-a-faixa-de-gaza.ghtml


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